quarta-feira, 4 de abril de 2007

De uma espera

O som, mudo, revolta-se no eco da proximidade virtual, enquanto o chilrear dos pardais soa distante nos beirais deste castelo fantástico, por entre as ameias de esferovite. A clareza do céu contrasta com a nebulosidade da linguagem, que nunca foi clara nem transparente, mas forte e apreciada pela sua característica única, de transmitir o que não se vê. Encanta-me o tom das palavras do locutor da rádio que desligo, a poesia de autor que não leio e a presença das pessoas que desejo, mas não tenho. Que maravilhoso é o mundo de nós, o pensamento que partilho em mim, a suavidade do toque em si e a música de fundo no vazio da solidão. Adoro-te ...

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